Desejo Sexual Inibido

DESEJO SEXUAL INIBIDO
DESEJO SEXUAL INIBIDO

Também conhecido como Desejo Sexual Hipoativo (DSH), essa disfunção sexual é bastante freqüente nos consultórios de terapia sexual. Caracteriza-se por uma diminuição ou ausência completa de fantasias eróticas e de desejo de ter atividade sexual.

A pessoa que sofre deste mal geralmente tem dificuldades no envolvimento com parceiros, pois estes se queixam de falta de intimidade ou reciprocidade.

A freqüência sexual fica muito diminuída, salvo situações nas quais a pessoa consegue fingir prazer mesmo quando desmotivada. Em algum momento, cedo ou tarde, o parceiro se dá conta, trazendo à tona conflitos conjugais.

Por que o desejo diminui?

Vários fatores podem determinar o DSH. Sempre devemos observar se há alguma causa orgânica determinando a baixa do desejo, como, por exemplo, os desequilíbrios hormonais, nódulos dolorosos ou infecções nos genitais ou o uso de algumas medicações que tenham como efeito colateral a diminuição do apetite sexual.

Doenças psiquiátricas, como a depressão, podem também suprimir a motivação por sexo.

As causas psicológicas mais profundas são:

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situações traumáticas de abuso sexual
comportamento sedutor por parte dos pais
dificuldade em unir amor com sexo na mesma pessoa (esposa X prostituta)
raivas entre o casal
competição temida com o pai ou mãe, entre outros.

E tem solução?

O Desejo Sexual Hipoativo (DSH) é uma das disfunções mais difíceis de se tratar, pois comumente acomete o indivíduo por longos anos, dado que as pessoas resistem muito em procurar ajuda. Por vezes, é o parceiro que induz ou convence seu par a marcar consulta com o terapeuta sexual.

Uma avaliação é feita para descartar causas orgânicas. Caso estejam presentes, deve-se orientar o paciente para um especialista de acordo com o problema específico. Descartando-se as causas orgânicas, inicia-se algum tipo de tratamento psicoterápico.

Tipos de tratamento psicoterápico

Psicoterapia Cognitivo-Comportamental

Baseia-se na teoria de comportamentos aprendidos. Em outras palavras, a pessoa que aprendeu a desligar seu desejo, reaprende a ligá-lo através de orientação especializada e de tarefas sexuais evolutivas. Dois pesquisadores americanos (Masters e Johnson) estimulavam seus pacientes a redescobrir o namoro. Propunham tarefas sexuais que deveriam ser realizadas na intimidade do casal. Eram chamadas de Focos Sensoriais. Variavam desde carícias feitas no corpo um do outro, sem tocar nos genitais, à masturbação conjunta ou coito propriamente dito (transa). Essa modalidade de terapia tem um sucesso limitado nos casos de DSH, pois atinge apenas níveis superficiais dos conflitos emocionais ou conjugais.

Nova Terapia Sexual

Esse tipo de tratamento é uma combinação de tarefas sexuais com interpretações focais dos fatores de desligamento sexual. O Psiquiatra Sexual prescreve as tarefas a serem realizadas pelo casal, e qualquer dificuldade em executá-las é discutida posteriormente em sessão psicoterápica. Tenta-se averiguar os conflitos emocionais que estão escondidos sob os comportamentos de represália que o paciente faz ao tratamento. Por exemplo, fazer uma refeição pesada antes do encontro sexual para evitar a intimidade na mesma noite. Essa técnica terapêutica é bem sucedida em casos onde há conflitos emocionais leves a moderados.

Psicoterapia de Orientação Analítica

Indicada para casos em que há conflitos emocionais mais graves, como abuso sexual na infância, por exemplo. Consiste em sessões psicoterápicas nas quais o paciente é convidado a falar tudo que lhe vem à mente. O Terapeuta Sexual, através de interpretação, confrontação e clareamento, vai ajudar o paciente a compreender a ligação entre seus problemas mais profundos com a inibição sexual. Ao fazer a conexão, espera-se o alívio do sintoma sexual.