Orquites e Orquiepididimites

ORQUITES E ORQUIEPIDIDIMITES



ORQUITES E ORQUIEPIDIDIMITES

O que é?

Orquite é um processo inflamatório ou infeccioso envolvendo o testículo.

Epididimite é a inflamação ou infecção do epidídimo (órgão tubular localizado sobre cada testículo).

Geralmente, os dois órgãos são envolvidos, daí o nome de Orquiepididimite (OE).

Como se adquire?

As OE podem ser causadas por numerosas bactérias ou vírus.

 

A causa mais comum de orquite viral é a caxumba (parotidite). Dos homens que desenvolvem caxumba após a puberdade, 15 a 25% poderão ter orquite durante a evolução da doença.
As OE poderão ser decorrentes de infecções prostáticas transmitidas sexualmente, como a gonorréia e a clamídia.
Agentes bacterianos causadores de infecção urinária como Escherichia coli também são comumente encontrados nas OE.
Tuberculose envolvendo esses órgãos pode ser uma das causas.


Traumatismo escrotal (por exemplo “uma bolada nos testículos”) também pode gerar uma OE inflamatória.

Existe uma afecção chamada de orquialgia crônica caracterizada por dor no testículo ou em ambos os testículos com duração maior do que tres meses, interferindo nas atividades do indivíduo. Geralmente não se encontra uma causa definida sendo uma situação pouco compreendida. Devem ser afastadas as causas mais comuns de dor testicular: infecção, varicocele, hérnia inguinal, hidrocele,espermatocele, dor referida,trauma, torção do testículo e tumor.

O que se sente?

Existe uma OE com forma de apresentação aguda e outra de forma crônica.

 

Na aguda, há dor forte de começo insidioso, gradativa, unilateral e acompanhada de aumento de volume do saco escrotal. O paciente relata uma sensação de peso no testículo. A dor se irradia para a região inguinal (virilha) do mesmo lado. Febre e mau estado geral acompanham o quadro clínico.
Na forma crônica, os sintomas podem estar ausentes. O paciente pode manifestar desconforto local ao manusear o testículo ou o epidídimo.


Como o médico faz o diagnóstico?

As queixas acima e os achados de exame físico – aumento do volume do escroto com hiperemia local (vermelhidão da pele do saco), dor à mobilização do testículo, inclusive perturbando a deambulação do paciente – possibilitam o diagnóstico. Além disso:

 

Exame comum de urina,
Urocultura,
Testes para gonorréia e clamídia,
Leucograma,
Ecografia escrotal com doppler colorido (ecografia com som e cor),


Esses exame complementares ajudam a fazer diagnóstico diferencial entre as patologias citadas acima.

Observar que, na forma crônica, o testículo ou o epidídimo podem estar atrofiados devido à fibrose pós-inflamatória com comprometimento da fertilidade do paciente.

Como se trata?

O tratamento inclui sempre repouso geral, repouso sexual, suspensório escrotal e alívio da dor com analgésicos e antinflamatórios.

Quando a origem for bacteriana o uso de antibióticos está indicado.

Se a OE for decorrente de uma doença sexualmente transmitida, a parceira deverá ser tratada concomitantemente.

Nas OE virais, não há indicação de antibióticos. São utilizadas as medidas gerais já descritas. O interferon alfa-2 pode ser considerado.

Complicações

A infertilidade e a atrofia (diminuição do volume) dos testículos são freqüentes.A OE pode evoluir com a formação de abscesso. Neste caso a drenagem cirúrgica está indicada. Em casos extremos, a orquiectomia (retirada do testículo) é necessária.

Perguntas que você pode fazer ao seu médico

Quanto tempo vai levar para desaparecer a dor?

Posso ter filhos depois disso?

Fazer repouso é importante?

Essa doença é transmissível?